Escutei essa frase a primeira vez em uma aula do MBA de Gestão Estratégica de Pessoas sobre cultura organizacional. E mesmo ela sendo de um autor, Peter Drucker, que viveu entre os anos 1909 – 2005, a cada dia que se passa, se torna mais atual.
Nunca se falou tanto em fit cultural e com o negócio como nos dias atuais. O que não era uma preocupação para a atração e aquisição de novos talentos, com a entrada das novas gerações, o avanço das tecnologias e a globalização, ter identificação com a cultura se tornou crucial.
O mais interessante de tudo isso é que a cultura como fator essencial para a condução dos negócios vem desde as eras medievais.
Para se formar novas alianças, rituais que estavam atrelados a cultura precisavam ser seguidos. O próprio casamento entre os nobres, em grande parte, eram formas de criação de novos negócios, bem como de garantir a existência das famílias e dos reinos.
As próprias relações exteriores tem a cultura como fator importante na condução de novas alianças. Um país que deseja negociar com o outro, precisa entender com profundidade o jeito de ser daquela nação.
Há inclusive países que para fechar negócios, exigem que a negociação seja feita por um cidadão seu, parte da equipe e da empresa interessada naquela aliança.
As organizações não poderiam ser diferentes, principalmente quando partimos do princípio que a cultura é o jeito de ser/fazer da organização (Deal e Kennedy, 1982, p. 501).
Elliot Jaques (apud SANTOS, 1999) cita cultura como o:
hábito tradicional e costumeiro de pensar e fazer as coisas, que é compartilhado em maior ou menor grau pelos seus membros e que os novos membros devem aprender e assimilar, pelo menos parcialmente para que possam ser aceitos no contexto da empresa.
Desta forma, a cultura organizacional serve como direcionador do comportamento organizacional, sendo ela responsável por designar, classificar, corrigir, ligar e organizar as relações.
O que de um modo geral, faz a estratégia ser engolida se não estiver bem alinhada com a cultura da organização.
Isso faz com que a cada vez mais profissionais de RH e líderes na corporação, precisamos entender a cultura e tê-la como aliada nos processos de desenvolvimento do negócio e das pessoas, bem como compreender que nem tudo cabe (estratégia, pessoas, tecnologias e processos) naquela empresa.