Sabe-se que uma das grandes responsabilidades do RH é promover um espaço de escuta entre líderes e liderados. Para isso, utilizam-se técnicas e ações para estimular a criação de um ambiente que lhe seja propício para o desenvolvimento individual e da organização.
Mesmo que inconscientemente, colocados na posição de onipotentes e oniscientes, temos que saber de tudo, além de demonstrar força e contínua motivação para lidar com os desafios da organização.
Somos bombardeados de pedidos, desejos, angústias, medos e reclamações.
Portanto, se o RH tem que promover esse espaço de escuta e feedback, onde é que ele reclama? E quem pode lidar com as nossas angústias, medos e limitações?
Nos últimos anos, muito tem-se falado sobre o adoecimento nas organizações, principalmente o psíquico. A cada momento novas doenças surgem, outras vão se intensificando e cabe uma reflexão, por que tantas pessoas têm adoecido no campo das organizações? E por que muito dessa preocupação com a criação de um clima saudável caí sobre as costas do RH?
Somos cobrados por cuidar de gente, mas quem cuida da gente? Somos cobrados por melhorar o plano de carreira e o desenvolvimento das pessoas, mas quem faz isso para nós?
Esses questionamentos não são apresentados como uma forma de colocar o RH na figura de vítima, mas sim na posição de gente.
Gente que cuida, mas que também carece de cuidado. Que tem emoções, medos e angústias. Que também é humano!
E mesmo sendo o mais preparado do mundo, nada é melhor do que estar em um ambiente de respeito, sendo reconhecido e sentindo-se parte importante no negócio.
Com tudo isso, me diz, onde o RH reclama?